sábado, 30 de julho de 2011

S a u d a d e .

   A despedida foi algo que nunca imaginei. Alguma coisa me matava por dentro, enquanto suas palavras queimavam os meus olhos, que ardiam e, dele escorriam lágrimas. Meus pensamentos me torturavam "A culpa é toda sua!", eu sabia realmente o porquê, só não queria admitir. E naquele instante, mais do que tudo soube que te amava... Me despedia do seu cheiro, da tua voz, do teu olhar... Enquanto você falava e me questionava. Minhas respostas eram errôneas e irônicas, sempre carregadas de orgulho, e no fundo, aquelas palavras carregadas de orgulho me machucavam por dentro, e o pior, eu não o remediava, ele era pronunciado estupidamente, e eu não o cancelava. Derrepente ele foi embora, seu perfume ainda estava no ar, eu tive vontade de chorar ali mesmo... Tendo a enganosa impressão, de que quando eu chorasse a dor iria embora... Cessaria. Não foi o que aconteceu, eu me segurei. Minha ultima expressão que ele gravara, estava cheia de nada, fria e oca, isto é, porque ele não pode enxergar o meu coração despedaçado. 
Me tranquei no quarto... com as pernas pra cima e as mãos debaixo da cabeça, tentei não chorar, tentei engolir, queria gritar, queria arrancar o que me doía... O que me doía? 
Pensei, sim, me doía a saudade... A saudade de tudo que estava relacionado a ele... Eu nunca gostei da saudade. E a partir daquele instante ela morou em mim... Brevemente senti saudade do jeito como ele me olhava, contornava o meu rosto e sorria, senti a pontada se afundar no meu peito... e então a lágrima que tanto lutei para não vir... Surgiu num momento em que eu sorria... Sorri, porque tinha o que ter saudade! Porque o que vivi foi lindo... e porque simplesmente aconteceu.

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